Com as revisões das normas de gestão, a tendência atual é que cada vez mais a alta direção assuma o seu papel de liderança, se comprometa e se envolva com o andamento das atividades do dia a dia da empresa, sob seu domínio, de forma efetiva, dentro dos sistemas de gestão.
Este compromisso e envolvimento estão diretamente relacionados com o assegurar e disponibilizar os recursos necessários – financeiros, tecnológicos, materiais e humanos, porém não se limitam a apenas isso.
Os colaboradores das organizações representam seus principais valores, e cabe a alta direção demonstrar a sua liderança ao engajá-los, dirigi-los e apoiá-los para que contribuam, fazendo cada um a sua parte da melhor maneira possível, para a obtenção da eficácia do sistema de gestão, como resultado final.
Devem enxergar a organização como uma seqüência de processos, que são importantes para o negócio e que necessitam “funcionar”, de modo que as saídas de um processo correspondam às entradas do próximo, sem ruídos e sem falhas e monitorados por indicadores de desempenho.
Desde sempre coube à alta direção a responsabilidade de estabelecer a Política da organização, que deveria ser disponibilizada, comunicada, mantida e compreendida pelas partes interessadas, bem como seu desdobramento em objetivos e metas. O diferencial agora é que tanto a Política quanto os objetivos devem ser compatíveis com o ambiente/contexto organizacional e com as decisões estratégicas provocadas por eles.
Este conceito bem aplicado tem o poder de levar as organizações a analisar os seus pontos fortes e pontos fracos; fraquezas e fortalezas; ameaças e oportunidades; dentro de uma perspectiva de avaliação de riscos de curto, médio e de longo prazo, analisando o impacto de suas ações sobre as partes interessadas, com a abordagem adotada para gerir, reduzir ou transferir os riscos.
Um processo de comunicação eficaz e transparente é de suma importancia dentro das organizações para que a alta direção possa prestar contas pela eficácia do sistema de gestão às partes interessadas, bem como assegura o foco no cliente, mostrando como a organização atende aos requisitos dos clientes, requisitos legais e também o que é feito para aumentar a satisfação do cliente.
Saber fazer uso dos dados e informações que são gerados dentro dos sistemas de gestão, desde que confiáveis e suficientes, possibilita a tomada das melhores decisões, permitindo-se que sejam aplicados corretamente os recursos disponíveis, e promovendo a melhoria continua do negócio.
A idéia é que cada vez mais os negócios da organização sejam tratados dentro dos sistemas de gestão e que a alta direção demonstre seu papel de liderança.
Por: Marcel Menezes